Quase 4 mil audiências durante uma semana é o panorama das atividades da edição da Semana Nacional de Conciliação deste ano, com o início dos trabalhos em 120 unidades da Justiça Estadual, no Rio Grande do Norte, a partir desta segunda-feira (27). O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Expedito Ferreira, esteve em uma delas, o Complexo Judiciário, e acompanhou as primeiras bancas de conciliação.
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) Natal começou a realizar audiências, na semana passada, com 125 processos que envolvendo clientes e o Banco do Nordeste. O dirigente da Justiça potiguar estava acompanhado pelo presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais (Nupemec), desembargador Cornélio Alves e da coordenadora do Cejusc da capital, juíza Virgínia Rêgo.
“Esta é uma nova forma de justiça, a do entendimento entre as partes, e cabe aos dirigentes do Poder Judiciário estimulá-la em um trabalho permanente”, salientou o desembargador presidente do TJRN. Ele lembrou que a cultura da conciliação tem se firmado cada vez mais. Destacou que há poucos dias, a Comarca de Jardim do Seridó registrou a solução de situações presentes em mais de 700 processos, por meio da conciliação.
“Percebemos, uma mudança entre os advogados, que têm apoiado as audiências de conciliação”, observou o desembargador Cornélio Alves. Ele acredita que durante a Semana Nacional de Conciliação, seja possível alcançar acordos em 40% ou 50% das audiências agendadas. “Contamos com um pessoal cada vez mais qualificado para atuar na conciliação, e fazemos isso o ano todo, acreditando que iremos mudar a cultura da judicialização de questões que podem ser resolvidas com o diálogo entre as partes”, reforça o magistrado.
Um quarto das audiências deste esforço de conciliação acontece em Natal. A juíza Virgínia Rêgo adianta que os processos se concentram nas áreas cível e de família. Serão 704 audiências na primeira categoria e outras 98, na segunda. “A Justiça estadual tem apostado muito na conciliação e muitas empresas tem informado processos nos quais é possível encontrar uma solução sem judicialização”, acrescenta a juíza.