Além de desobrigar o uso da máscara em locais abertos, o Comitê Científico do Rio Grande do Norte elaborou uma série de outras recomendações para o estado continuar o controle da pandemia de covid-19. A reunião do grupo foi realizada nessa segunda-feira (07).
Diante do cenário, com baixa taxa de ocupação dos leitos de UTI, chegando a 29% no estado, além da estabilidade de casos confirmados e diminuição do número de óbitos diários, o Comitê Científico fez suas recomendações que servirão de base para as tomadas de decisões do Governo do Rio Grande do Norte no próximo decreto.
Entre as recomendações estão a aplicação da quarta dose de vacina contra a covid-19 nos idosos a partir de 60 anos e a intensificação da D4 para os imunossuprimidos, que teve campanha iniciada ainda em janeiro.
Outro ponto destacado pelo Comitê Científico é a manutenção da exigência do comprovante vacinal nos estabelecimentos públicos e privados. Segundo o grupo, a comprovação deve constar a aplicação das três doses, exceto nos casos em que a terceira dose ainda for aplicável.
O documento emitido pelo comitê possui recomendações para escolas da educação básica. As instituições “devem estimular pais e responsáveis a vacinar suas crianças e adolescentes e contribuir como local de vacinação”.
Além disso, os estabelecimentos de educação básica e superior devem adotar normativas de biossegurança na retomada das atividades. “Alunos e servidores com sintomas não devem ir aos estabelecimentos de ensino, mantendo isolamento por 10 dias”, orienta.
“Crianças sintomáticas cujos pais não podem mantê-las em isolamento em casa, devem ficar em sala separada dos demais estudantes no período de aula, durante o período de transmissão”, acrescenta o documento.
Com mais de 219 mil pessoas com a segunda dose em atraso em todo o estado, o Comitê Científico orientou que seja feita a busca ativa da população que está atrasada e de quem ainda não tomou nenhuma dose.
“O comitê analisou todo o cenário, com redução de casos e da procura por leitos, que possibilita o início da flexibilização do uso das máscaras. Mas, devemos destacar que a exigência do passaporte vacinal continua, que precisamos avançar na vacinação seja de pessoas que não foram convencidas da importância da vacinação, seja as pessoas que não procuraram os postos de saúde para tomar a terceira dose, seja os jovens onde a gente também precisa aumentar essa cobertura”, disse o secretário de saúde Cipriano Maia.
Em relação ao uso de máscara, o grupo de especialistas sugeriu que seja reforçado o uso do equipamento de proteção nos transportes públicos. Durante a reunião, pontos importantes como a segurança da vacina, manutenção dos cuidados coletivos e a vigilância foram norteadores para as novas recomendações.
“Precisamos ainda estar atentos às pessoas com sintomas respiratórios, que tem que ficar em isolamento, se sair para situações extremas, tem que usar máscara. Isso é responsabilidade, é cuidado com o outro, é cuidado com o coletivo. A gente quer que a população tenha consciência de que essa situação confortável precisa ser mantida. E pra ser mantida, todos nós, autoridades, profissionais de saúde e população tem que manter essa atitude responsável de se proteger e proteger os outros”, completou o secretário de saúde.