O senador Davi Alcolumbre foi eleito presidente do Senado Federal com 42 votos após a segunda votação realizada na tarde de sábado (2). Eram necessários 41 para que não houvesse um segundo turno e a primeira votação foi cancelada por fraude, quando foram contabilizados 82 votos de 81 senadores.
Os demais candidatos conquistaram: Esperidião Amin teve 13 votos; Ângelo Coronel teve 8; José Reguffe teve 6; Renan Calheiros teve 5; Fernando Collor teve 3; e ainda foram registraras 4 abstenções.
Alcolumbre é próximo do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do DEM, que, nos bastidores, articulava apoio para ele. Embora seja de um partido posicionado mais à direita no espectro político, Alcolumbre tem entre seus principais conselheiros o senador Randolfe Rodrigues, da Rede, que é de esquerda. Os dois, inclusive, apoiaram a candidatura do prefeito de Macapá, Clécio Luis, em 2016. Em 2018, Randolfe apoiou a candidatura de Alcolumbre ao Governo do Amapá.
O, agora presidente do Senado, ficou conhecido nesta sexta-feira (1) por assumir a presidência da Mesa Diretora da sessão preparatória, ficando sete horas sem deixar a cadeira, conduzindo a votação que pedia o voto aberto na eleição do Senado e por tecer severas críticas conta Renan Calheiros, que tinha uma grande base de apoio.
Ele também é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostas fraudes cometidas nas eleições de 2014.
Perfil
Alcolumbre nasceu em 1977, em Macapá, e é empresário. Começou na política no PDT, partido pelo qual se elegeu vereador de Macapá em 2000. Também foi secretário de Obras do município. Em 2002 foi eleito deputado federal, sendo reeleito em 2006 e em 2010. Desde 2006 é filiado ao DEM e faz parte do diretório nacional e também do conselho político do movimento jovem da legenda. É o 2º vice-líder do Bloco Social Democrata.
Em 2014 foi eleito senador, com 36,26% dos votos válidos. No Senado, presidiu a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e participou de colegiados como a Comissão Temporária para Reforma do Código Comercial e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. Em 2018, foi candidato ao governo do Amapá, mas não se elegeu. Os suplentes são José Samuel Alcolumbre Tobelem (DEM) e Marco Jeovano Soares Ribas (DEM).