O governo federal vai apresentar numa reunião nesta terça-feira a versão preliminar do plano de operacionalização da vacinação contra a Covid-19. O encontro terá informações mais detalhadas sobre a estratégia que está sendo formulada.
A proposta preliminar de trabalho será atualizada de acordo com a disponibilidade das vacinas, após o licenciamento de imunizantes e a definição dos grupos prioritários. A situação epidemiológica também será levada em consideração.
Além do Ministério da Saúde, participam da reunião: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS); a Fiocruz; o Instituto Butantan; o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); sociedades médicas; conselhos federais da área da Saúde; Médicos Sem Fronteiras; e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems).
Plano nacional
Conforme o GLOBO mostrou no último dia 25, a estimativa do governo federal é fazer a distribuição das vacinas de forma simultânea em todo o país, embora haja a possibilidade de priorizar áreas que passam por um surto da doença.
Em princípio, a ideia é seguir o plano logístico já utilizado no Plano Nacional de Imunizações (PNI) referente a todas as campanhas de vacinação promovidas pelo governo federal. Em tese, as vacinas deverão ser distribuídas preferencialmente por via terrestre, mas locais isolados serão atendidos por barcos ou aviões.
Municípios pressionaram para que o encontro do grupo nesta semana fosse o prazo limite para a consolidação do maior número possível de pontos da estratégia de imunização.
A expectativa era elaborar um plano que levasse em consideração diferentes cenários, de acordo com as principais vacinas candidatas. Isso porque o principal entrave era definir uma estratégia sem saber qual será o imunizante usado e se este será aplicado em uma ou mais doses.
O plano do governo federal também prevê, como já havia sido divulgado, que a distribuição da vacina priorize pessoas dos grupos de risco e profissionais da área de saúde.
As principais vacinas em estágio de desenvolvimento avançado no Brasil são: da Universidade de Oxford junto com o laboratório AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz; e a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a fabricante chinesa Sinovac.
As duas vacinas são armazenadas a uma temperatura entre 2° e 8°C, a mesma indicada para a Sputnik V, da Rússia. Já a vacina do laboratório Moderna precisa ser guardada a -20°C, e a da Pfizer, a -70°C, o que encarece o armazenamento e a distribuição.
O Globo