Mais chuva sobre o Nordeste no verão 2019/2020. Muitas áreas de instabilidade se formam sobre a Região em janeiro e em fevereiro, e chove de forma constante. Os volumes serão significativos e o total acumulado poderá ficar bem acima da média.
Neste verão, a situação da temperatura da água do Atlântico Sul vai fazer com que as frentes frias se desloquem mais lentamente pela costa do Sul e do Sudeste ajudando a aumentar o potencial de chuva sobre o continente.
“No verão, essa é uma situação bastante favorável para a formação de ZCAS”, comenta a meteorologista Patricia Madeira, da equipe de previsão climática da Climatempo. A ZCAS deve provocar grandes volumes de chuva sobre a Bahia neste verão.
Outro fator importante no verão 2019/2020 será a fase negativa do dipolo do Atlântico. Patrícia Madeira explica que “a fase negativa é quando o Atlântico Sul fica mais quente em relação ao Atlântico Norte, na costa norte do Brasil. Neste caso a ZCIT desce mais e provoca mais chuva no norte do Nordeste e norte da Região Norte”
A ZCIT – Zona de Convergência Intertropical – é um dos principais fenômenos meteorológicos que atuam no verão da América do Sul, e é responsável pela maior parte da chuva da estação em grande porções das Regiões Nordeste e Norte do Brasil.
Confira abaixo um pouco do resumo de como será os meses de janeiro, fevereiro e março no Nordeste:
JANEIRO
Muita chuva e menos calor do que a média em todo o Nordeste brasileiro.
FEVEREIRO
Menos chuva do que em janeiro, mas ainda acima da média em todas as áreas, e com temperatura abaixo do normal.
A formação de ZCAS provoca chuva contínua na Bahia em fevereiro. Na parte norte da Região, a atuação da ZCIT é bem evidente, especialmente em fevereiro.
MARÇO
Em março, a chuva diminui em todas as áreas, mas o sul da Bahia ainda tem volumes acima da média com a permanência de uma frente fria na região.
Tecnicamente, o Climatempo informa que o verão 2019/2020 será com uma situação de neutralidade no Pacífico Equatorial.
A temperatura da água do oceano Atlântico, especialmente do Atlântico Sul, que banha toda costa leste do Brasil, do Uruguai e da Argentina, terá maior peso no comportamento da chuva e da temperatura sobre o Brasil neste verão.