A Prefeitura de Mairiporã, na Grande São Paulo, decretou, na terça-feira (16), estado de calamidade pública na saúde por causa da febre amarela. Nas contas da prefeitura, são 11 casos confirmados da doença na cidade, com seis mortes
FEBRE AMARELA: VEJA PERGUNTAS E RESPOSTAS
A secretária municipal de saúde de Mairiporã, Grazielle Bertolini, explica que o objetivo da cidade é mais do que imunizar, o município pretende eliminar os criadouros do mosquito.
“O decreto vem para regulamentar uma situação de excepcionalidade que o município vive. É uma doença que não era presente, não era comum dentro da municipalidade. Os níveis de óbito vêm em uma crescente e temos casos ainda em investigação. A totalidade são 50 notificações em investigação e o decreto vem para poder regulamentar as ações extemporâneas que nós realizamos.”
ESTADO DE SP COMO ÁREA DE RISCO
Organização Mundial da Saúde (OMS) passou, na terça-feira (16), a considerar todo o estado de São Paulo como área de risco de febre amarela. Segundo o secretariado da entidade, a decisão foi tomada “considerando o aumento da atividade do vírus” observado na região.
“Consequentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes estrangeiros que visitem qualquer área no estado de São Paulo”, diz a OMS, em comunicado.
MORTES
O coordenador de controle de doenças da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Marcos Boulos, confirmou nesta terça-feira (16) que 11 das 21 mortes registradas em São Paulo desde janeiro de 2017 aconteceram somente este ano: de 2 a 16 de janeiro de 2018.
Neste período foram reportados 45 casos suspeitos, sendo que 16 casos foram confirmados no estado, que não necessariamente têm a ver com as 11 mortes.
Ao todo, desde janeiro de 2017, foram confirmados 40 casos com 21 mortes. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
VACINAÇÃO ANTECIPADA
Nesta terça (16), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que a vacinação fracionada contra a febre amarela em 54 municípios do estado será antecipada para o dia 29 de janeiro. Anteriormente, o governo havia anunciado que a aplicação das doses seria realizada a partir do dia 3 de fevereiro.
A alteração ocorreu após o governo estadual pedir a antecipação ao Ministério da Saúde. A campanha de vacinação também será encerrada com uma semana de antecedência, no dia 17 de fevereiro.
A meta é imunizar mais de sete milhões de pessoas – 2,5 milhões só na capital paulista. A dose fracionada tem tem 0,1 ml, enquanto que uma dose convencional tem 0,5 ml. A vacina permite a imunização por oito anos